28.4.05

a minha caixa de papelão

Parecia de madeira. A caixa de sapato, o jornal minuciosamente jogado de maneira displicente e verniz. Nas bordas o jornal era feito em canudo.
Sempre gostei de coisas manuais. Origami faz com que, assim como enxergamos figuras nas nuvens e nas sombras da lua, o papel assuma nova dimensão.
E um cartão criativo, também de papel e feito manualmente, figurava na frente da caixa.
Mas o mais importante, como tudo, era invisível aos olhos... exteriores. Na parte de dentro, havia um desenho.
Eu nunca levei jeito com desenho. Não com o artístico, talvez algum jeito com o técnico. Mas desenhei (com réguas e compasso) a alma da caixa.
Símbolos... dizem que são eficazes... Joguei os fatos importantes da vida em uma roseta, na forma de símbolos. A roseta, forma da criação, do espiral, do desenvolvimento em torno de um ponto. O ponto no caso deveria ser eu...

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

A forma como encaixa as palavras e faz caber o indescritível dentro de um texto é o q me faz vir aqui, como um ratinho sorrateiro à procura de raspas... e sempre há queijo.
Bjs
P.S. Isso aguça meu instinto poético.

8:49 AM  
Blogger Andre Graciotti said...

Ahh...saudade das aulas de educação artística (seu texto me fez lembrar delas). Uma das mais importantes disciplinas do primário e, ironicamente, uma das mais mal ensinadas. O mundo adulto vê a arte com preguiça por causa disso...

10:33 AM  

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